quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Tá confesso...

Esses primeiros dias aqui me fizeram lembrar dessa sensação estranha que é ser novo num lugar...
Dá um vazio inimaginável e, sinceramente tudo parece mais difícil do que deveria ser, pelo menos no começo, mas eu tenho a esperança de que assim que eu resolver o assunto casa e assim que as aulas começarem as aulas,será uma nova vida!
O problema é não se sentir em casa, pior agora que vim pra um hostel... Dá medo de que algo importante desapareça, então pago pra colocar as coisas importantes num armário, daí tem que pagar pela internet, pagar por tudo! Que saco! Na casa da Kristin (Norueguesa que vai estudar comigo e que me recebeu nesses primeiros dias) pelo menos eu podia me sentir acolhida por gente que tem a ver comigo, aqui a sensação é que tá cheio de adolescentes viajando sozinhos pela primeira vez da vida (putz, tô ficando velha!) ou de gente só de passagem... Enfim... Completamente diferente da minha situação...
Eu ando meio sem pressa, sem pressa de andar nas ruas, sem pressa de conhecer coisas, sem pressa, só com uma pressa na verdade, ou talvez não seja pressa mas vontade ou ansiedade, de achar um lugar pra morar! E de que as aulas comecem também, porque pelo menos assim vou me ocupar e a vida vai realmente começar.
Eu lembro que chegando na Argentina foi a mesma coisa, o começo foi bem difícil... Daí as aulas começaram e as coisas foram melhorando, fui conehcendo mais gente e tudo...
Por enquanto só fica essa sensação de "o que estou fazendo aqui?" que as vezes cede lugar à um "nossa, que legal isso!" e outras é acompanhada por um "Nossa, que bizarro isso! Prefiro o Brasil!"
Não gosto de falar inglês, me sinto boba, sinto que falo mal e que é uma língua que não vou nunca me sentir à vontade, mas gosto do fato de poder conhecer gente do mundo todo, e gosto de ter conversado com outras pessoas que fizeram LISPA (minha escola) e que adoraram, e que contam coisas boas, e que contam experiências que eu tenho buscado... Na casa da Kristin (onde na verdade ela está só por um mês) moram também um indiano, uma dinamarquesa, um americano e uma espanhola. A casa é bem suja e eu só espero que a minha não seja assim!
Eu gosto de entrar nesses ônibus de dois andares e de ver que dentro deles tem gente do mundo todo, mas vou deixar pra escrever mais sobre isso depois, porque tô cansada do computador....
Deixo vocês com algumas fotinhos!
E muitas saudades!


terça-feira, 20 de setembro de 2011

Today is THE day!

São 16h10, em uns 5 minutos o avião decola... Nem acredito que chegou esse dia! Confesso, o coração tá apertado, é uma mistura louca de sentimentos... Faz um pouco mais de uma hora que me despedi no aeroporto, e logo depois de não conseguir dizer nada significativo que acompanhasse o abraço apertado e meio sem jeito em cada um dos que me acompanharam, pensei "Porque raios estou fazendo isso?!" e fui.
Fiz aquela curva que separa o mundo de antes do novo mundo desconhecido, e enquanto secava uma lágrima inutilmente, me aproximava daquela máquina de raio X. Nela me esperava um primeiro cara que não podia entender a bagunça do meu coração e me olhava com uma cara de interrogação. Enquanto caiam as lágrimas cada vez mais abundantes, eu depositava na máquina meus pertences, qual o sentido de cada partida? Qual o sentido dessa? Tenho que lembrar, assim não é possível... A solidão assusta num primeiro momento, mas é com ela que se cresce, só assim a gente aprende a se conhecer e realmente o único que resta a dizer é que o que tiver que ser será.
O avião agora começa a acelerar, aquelas imagens da despedida continuam inundando minha cabeça e me fazendo chorar, um pouco...
Londres é hoje já.
As aeromoças falam no microfone um inglês tão rápido que pelo susto que levo não consigo entender. Deve ser questão de fazer o esforço.
Estou bem, sentada confortavelmente na minha poltrona 31G. Logo antes de entrar no avião me chamaram, eu fui achando que me daríam algum tipo de bronca, mas não, queriam me dizer que me colocavam em uma classe superior à que eu tinha comprado! Uau! Isso nunca me aconteceu antes!
Corredor, classe superior e ninguém a meu lado, não podia ser melhor... salvo se....
Acabo de ver o avião levantar vôo, deixei meus olhos piscarem algumas vezes, o cansaço pode finalmente tomar conta do meu corpo, nessa poltrona estranhamente confortável, e com o coração confuso mas cheio de amor, vou me deixar estar nesse estado "entre" entre o aqui e o lá, o aí e o aqui, só suspensa no ar, um tempo para pensar... em você, em mim, em tudo
No que pode ser, no que já é.

domingo, 11 de setembro de 2011

Um pouco de eternidade, por favor...!

Essa semana,
é a última antes da partida, é aquela semana crítica, que você tem que fazer de tudo: Arrumar, guardar, lembrar, fazer, correr...
Essa semana, mais do que qualquer outra coisa eu quero é viver. Quero estar e olhar e sentir e sonhar.

Sonhar pra que seja verdade,
sonhar pra que não seja só uma ilusão,
sonhar porque eu acredito,
que sonhando se é, sonhando se faz.

Eu não esperava isso, não contava com isso, não queria.

Mas é assim, de repente, a gente tá em plena corrente, e não pode resistir, tem que seguir esse fluxo que te leva, é o melhor a se fazer...

E essa semana, eu quero deixar a àgua me levar, tranquilamente, sem me apressar, sem me agarrar em alguma pedra do caminho, porque se me agarro pra parar, pra congelar tudo, então nada mais vai ser real.

Sete dias,
e muitos mais à seguir!

terça-feira, 6 de setembro de 2011

El gordo

Otra vez había comido demasiado. Estaba ahí tirado pansa arriba, no había llegado ni siquiera a su cama, aunque hacía mucho frío prefirió tirarse en los primeros escalones del edificio y dormir un poquito ahí mismo.
Su problema no era la noche, no era el frío no era nada de lo común, su problema era únicamente no comprender qué le pasaba. Y entonces para llenar el vacío del alma comía, comía de forma compulsatória sin ni siquiera preguntarse qué comía, cuál era el sabor, la textura. Comía pensando en Belén, esa chica de su niñez de ojos celestes y piel quemada por el sol; comía pensando en la vejez de su madre que ya no veía hacía tanto, abandonada en un geriátrico cualquiera de la capital. Comía simplemente para olvidarse aquel partido que no pudo ganarse con los los amigos, hacía ya más de quince años. Comía, en definitiva, porque todo lo que le pasaba por la cabeza eran temas de noticiero viejo, ya olvidados en algún rincón del mundo.
Comía y cuando sentía que iba a explotar, abría el cierre del jean, y entonces seguía comiendo...
Comía, y cuando otra vez sentía que iba a explotar tomaba un largo trago de agua con limón exprimido, erutaba, y seguía otra ronda más de comida. Comía de esa forma para sentir el dolor y sentirse vivo. Él decía siempre lo mismo "Me duele de tanto comer. Traéme más de eso!" Y así se pasaba el día comiendo.
Cuando llegaba la noche y que el frío ahuyentaba a la gente de las calles, él decidía que era hora de irse, se subía a su vieja bici verde, y con mucha dificultad iba pedaleando hasta su casa, a exactas 3 cuadras y medias de dónde estaba.

Él era un personaje simpático, a la gente le caía bien, y le decían el gordo. Él se lo tomaba bien, creía que era una manera cálida de llamarse entre amigos, por eso él, a todos, les decía gordo o gorda.
Una vez tuvo una novia, era una mujer muy fea y muy sola, que vivía en el edifício de en frente. Ella nunca supo que él era su novio, porque a él le daba pudor hablarle adelante de la gente, y ella nunca lo había invitado a su casa. él se pasaba por lo tanto las mañanas en el pequeño balcón de su departamento en el 6o piso de un edifício de la calle boedo, mirándola atentivamente. Ella, a esa misma hora en el balcón de su departamento en otro edifício de la misma calle, cantaba Fito Paéz mientras fumaba un cigarrillo y tendía la ropa. Todos los días era el mismo ritual, él la miraba y ella se equivocaba en las letras de las mismas canciones de siempre.
Un día él había decidido enviarle un regalo, y trató de llamarle la atención poniendo en la radio la misma canción que tanto le gustaba a la muchacha. La puso muy fuerte y salió feliz en el balcón para ver su reacción pero justo pasaron cinco colectivos seguidos, dos camiones y unas nenas de secundária que iban cantando alguna canción moderna en inglés a los gritos.
La canción se terminó y lo único que el gordo se ganó fueron unos golpes enojados del vecino de la derecha que trataba de curarse de una resaca cuando la música lo despertó.

El Gordo, era un tipo muy solo. No tenía gato o perro porque le daba alergia.
No tenía familia, y ya no veía a su madre.
Lo único que le quedaba para hacer era comer, y a cada día, ni bien despertaba, bajaba al mismo restauran, preguntaba cuál era el plato del día, y siempre empezaba por una rica milanesa con papas fritas. En seguida pedía alguna pasta con estofado, el estofado lo llevaba a algún lugar de l infancia, en la casa de su abuela que vivía en el campo. Y de plato en plato se pasaba todo el día, gastándose los pocos pesos que le quedaban comiendo todo lo que podía. Al final del día, ya al borde de un ataque caminaba lentamente afuera del restauran, agarraba su bici, se subía con mucho esfuerzo, pedaleaba 4 veces y estaba abajo de su edificio. Siempre con el mismo ritual, trataba de ver si su amada no estaría pasando por la calle justo en ese momento, pero le agarraba asco por la comida y era obligado a entrar rápidamente. Llegaba a la escalera y ahí, no se aguantaba y se caía siempre en el mismo escalón dónde terminaba decidiendo dormirse un rato. A las 4h27 de la mañana se despertaba ahí en el mismo lugar con un vaso de agua que algún vecino siempre le dejaba al lado, lo tomaba y ahí sí sacaba fuerzas para llegar a su departamento, entrar, cerrar la puerta, ir hasta su cama, y dejarse caer sin ningún tipo de resistencia. Todos los días en ese momento él pensaba que tenía que cambiar, que si siguiera así nunca pasaría en fin del año, tendría algún ataque del corazón o se caería en la escalera. Y eso sería muy triste porque todavía no se había animado a decirle a la muchacha del edificio de enfrente que la quería y preguntarle si ella no lo acompañaría en alguna tarde de sol al rosedal en Palermo.

domingo, 4 de setembro de 2011

Carpe Diem


Sentir o vento quente que bate no rosto como um carinho na alma.
Sentir uma mão que afaga e que toca o mais profundo da alma.
Sentir o gosto da primavera.
Saber que não se está totalmente sozinho no mundo.
Receber aqueles olhares amigos que te incentivam a ir onde for que você quiera.
Saber que duas quadras pra frente (ou pra trás) tem o aconchego da família.
Saber que logo abaixo tem uma infinidade de possiblidades.
Saber que por aqui tudo parece fácil e simples, mas sentir que a simplicidade é o mais difícil!

Deixar o coração bater numa cadência tranquila e ainda assim contar os dias, fazer as malas, e partir.


Hoy conté los días, faltan 14. Es raro es como si no me acordara cómo fue cuando me fui a Buenos Aires, siento que la diferencia es que contaba los días por una supuesta felicidad que sólo podía existir allá, ahi. Por ahi eso es madurar, es darse cuenta de que la felicidad está por todos los lados, y acá también. Y allá también. Y ahí también. Que sólo toca reinventarla, pero que para ser feliz, antes de todo hay que quererlo.

Il y a plein de doutes, plein d'espace pour tout recreer, mais calmement on y va, on avance. C'est un mouvement presque imperceptible à l'oeil nu, il faut être attentif avec soi même. Il a raison, on a peut être pas le temps de revoir tout le monde, on en a peut être pas vraiment besoin à ce moment précis. Il faut juste se laisser couler dans la rivière, jour après jour, se laisser floter sans se noyer, sans imposer un rythme ou une véritée. Calme, du calme. Il a bien raison lui. On vera bien demain...


quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Pas à pas

Petit à petit on grandit.
On est lá sur terre, et parfois on se demande encore ce qu'on fait, où l'on va, pourquoi on est là?
Mais il y a quelque chose de plus fort peut être, une envie de survivre on ne sait pas bien la raison. C'est ça qui nous fait aller de l'avant. Pas à pas, on conitnue...
Un jour, un beau matin, on se rend compte qu'on n'a plus besoin de ce petit monde crée à notre image, ou peut être que c'est justement parce qu'on en a tellement besoin, qu'on se dit que ça serait bien de tenter de vivre sans tout ça, et c'est alors qu'on fait nos valises, qu'on essaye de prendre le stricte minimum (qui est toujour de trop), et de partir loin de chez soi, loin de ses repères, à la recherche de soi-même, d'une partie qui ai pu être envoyée ailleurs lorsqu'on est venus au monde...
On décide où, quand, comment et même pourquoi.
Et puis voilá, un beau jour on part.
On arrive ailleurs, et tout est différent, les rues, on ne les connais pas, les gens on les comprends pas, les goûts, les odeurs, rien qui nous rappelle quelque chose de vécu. Et on sent donc ce que c'est que d'être vivants, on sent que ça fait un peu mal quand même de se sentir vivre. Que ça fait une drôle de sensation entre  les poumons. Que la peau change, comme chez les serpents, que les yeux piquent parfois avec le vent, et que celá nous fait pleurer un peu quand même, et on en proffite pour penser à tous ceux qui nous manquent, à tout ce qui nous manque... On aime bien souffrir un peu. Un tout petit peu. Parce qu'on sait bien qu'on est quand même tout seuls, qu'il va falloir se relever tout seuls, et resortir dans les rues, même si on a peur, même si le vent fait mal et que les rues sont desertes. Il faut, parce qu'il le faut.
Puis un jour les larmes aux yeux ont disparues, parce qu'on avait tellement de choses à faire, parce que dehors il y avait quand même un peu de soleil, fallait en proffiter, avant la fin de l'été... Et voilá qu'on sort dans la rue pour aller quelque part, qu'on connait notre chemin, qu'on recroise des regards avant aperçus. Et on se dit que peut être ce n'est pas si mal, on a quand même bien fait. Parce que maintenant on se sent vivre, on sent le vent qu'on ne connaissait pas, mais on n'a plus peur. On sait où l'on va, quel est le chemin, mais il y a encore un tas de cailloux à découvrir dans ce chemin, un tas de belles fleurs à sentir. On est lá, c'est tout, au présent.
Et petit à petit on le vit ce présent, on le vit tellement à fond qu'on ne s'imagine plus sans lui. On le vit tellement à fond qu'il commence à nous gagner, et, oui, petit à petit on commence à courir derrière lui. Il faut le faire si, il faut le faire ça, on est toujours un peu en retard. On n'a plus le temps de regarder passer les gens, de regarder par la fenêtre ouverte du bus et de sentir que le vent nous carresse le visage, on n'a plus le temps de se permettre de découvrir d'autre goûts, d'autres odeurs. C'est simplement qu'on n'a plus le temps, et on y pense même pas...
Jusqu'au jour où tout explose.
On en a marre de courir derrière le temps. On n'en veut plus de lui, qu'il s'arrete, qu'il nous laisse tranquiles!
et couchés dans notre lit on essaye de ne plus se relever, même si on a mit le réveille, même si dehors il y a le soleil. On se laisse aller, un peu quand même, on se laisse trainer...
Mais le temps, lui, il s'en fou de nous. Il rigole bien de nous voir ainsi. et ça nous énerve un peu. Tous ces gens qui nous disent de sortir, qu'il fait beau dehors, ils ne comprennent rien, eux! Ils ne savent pas ce que c'est. Il ne comprennet pas que... que quoi?
Ah oui, peut être que l'autre lá, il avait bien raison, tu devrais te lever, te laver, t'habiller.
Mettre tes baskettes et ouvrir la porte d'entrée. C'est vrai au début ça va encore faire un peu mal ce rayon de soleil qui vient aterrir juste sur tes yeux, et tu vas sentir que tu ne vois rien, que c'est inutile, que tu aurais mieux fait de rester dans ton lit. Et puis, comme dans un tour de magie, tu vois une lumière lá bas au loin. Tu sais qu'elle est lá, qu'elle existe, donc tous les jours tu sors un peu pour la revoir et essayer de la toucher, tu essayes, chaque jour un pas de plus, le tout pour la toucher, voilá ce que tu veux, coûte que coûte.
Et petit à peti on grandit.
On se redemande ce qu'on fait lá, où l'on va et pourquoi on est lá...
Mais il y a quelque chose de plus fort peut être....


El Círculo de Kevin Johansen