sábado, 1 de outubro de 2011

Depois de 10 dias

10 dias em Londres, até que o tempo passa rápido, e o ser humano tenta se acostumar o mais rápido possível.
Agora meu corpo está aprendendo a olhar para a direita pra atravessar a rua, e assim não estou tão sujeita a ser atropelada por um gigante ônibus de dois andares que constantemente me surprende.
Também estou aprendendo que nos cruzamentos que têm umas lampadas, a prioridade é do pedestre, e isso realmente funciona.
Estou aprendendo que no metrô algumas linhas tenho que escutar pra onde vai o metrô porque numa mesma plataforma passam várias linhas, e já me perdí dentro do metrô suficientes vezes.
Aos poucos mais palavras vão se incorporando ao meu vocabulario, e algumas, eu já tenho um carinho especial, como sultanas por exemplo que são as uvas passas amarelas!
Esses dois dias foram intensos, nos dois primeiros fiquei na casa da Kristin, a norueguesa que vai estudar comigo. Foi estranho chegar na casa de alguém que não conheço mas que vou conhecer, foi mais estranho ainda ter a sensação de que a gente já se conhecia, poder ficar sem falar nada por um tempo, só assim, se acompanhando...
Depois disso vim pro hostel, e confesso que foi um choque. Primeiro o fato de precisar fincar raízes num lugar feito para estar de passagem, onde tudo o que acontece aqui morre aqui em todos os sentidos... difícil conhecer gente, difícil criar hábitos, difícil se sentir em casa...
Fora que o dinheiro vai indo embora como o vento, paga pela internet, paga pelo armário, paga por tudo! E ainda mais como estou tendo que mudar frequentemente de quarto porque vou fazendo a reserva aos poucos, já estive em 3 diferentes quartos até agora.
Mas enfim, aprendí a levar numa boa isso também, e até comecei a me dar conta que no hostel muita gente estava na mesma situação que eu, então passavamos as noites lado a lado procurando ap juntos e torcendo uns pelos outros. Nisso fiz uma boa amiga, a Lotte, da Belgica!

Ontem, finalmente achei um lugar para morar, mas dá um medo! Eu devo ir pagar a reserva em pouquinho tempo, e tô morrendo de medo de estar sendo enganada ou de estar me enganando!
Sobre a casa e o quarto e o bairro escreverei quando me mudar!

Por enquanto deixo de escrever pensando em tudo o que não contei, e me dando conta que é simplesmente impossível contar tudo o que se vive, falar da saudade que se sente, e o que é essa saudade...

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